07/08/2011

Meia Luz



O afago, o fogo, o jazz...
A roupa jogada aos pés,
desejos ao infinito...
Ella serpenteia o prato...
A voz, - sim, não, talvez... -
segreda olvidos ao ouvido.

Tempo de ganhar tempo...
O tempo perdido
no fim que é recomeço, -
um novo tão conhecido...

No vai-e-vem apressado,
o amor, feito ovo estrelado,
estala em saliva fervente...
A língua lambendo a clara,
a gema no meio da cara, -
o melhor para o fim...

No sal da pele se acendem
as chamas de novamente,
e a boca quente... hummm!
é a de sempre,
a de sempre,
sempre...

Arrepio, alívio, harmonia...

...

Entre o ontem e o agora, uma certa nostalgia
tempera sulcadas e negras mandalas

a girar nas manhãs de um amanhã renovado, -
que ignora o passar apressado das horas...


ju rigoni (2008)


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Um comentário:

Guaraciaba Perides disse...

Fosse gema rara
jóia de valor
fosse assim
o nosso amor...

Que lindo, Ju! momentos inesquecíveis, plantados para sempre em nossas vidas e que fazem valer a pena.Um abraço